domingo, 30 de janeiro de 2011

USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS

Preocupada com o  uso abusivo de antibióticos , a  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) incluiu essa classe de fármacos entre os medicamentos de uso controlado, com registro obrigatório de dados da receita, como forma de combater seu uso indiscriminado e resistência das bactérias às drogas. No Brasil, para alguns tipos de bactérias, em até 40% dos casos já há resistência a determinados antibióticos. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 50% das prescrições mundiais de antibióticos são incorretas.
A prescrição de antibióticos não há necessidade de ser feita em receita especial, pode ser feita com receita comum, desde que ela tenha os dados necessários do paciente e do medicamento e seja feita em duas vias.
O esclarecimento foi feito ontem pelo  Conselho Federal de Medicina(CFM). A entidade convocou reunião com a diretoria da Anvisa , na semana passada, para discutir pontos da resolução que passou a valer em 28 de novembro.
De acordo com as novas regras, que valem para todos os antibióticos pomadas, soluções orais e comprimidos), a compra só pode ser feita com a retenção da receita. A resolução também exige que a venda desses produtos seja registrada.
Segundo o CFM, pouco mais de uma semana depois de a medida entrar em vigor, há relatos de médicos com dificuldades para manter em seus consultórios receituários especiais de medicamentos controlados.
De acordo com a Anvisa, não é preciso adotar receita especial. Segundo a agência, houve uma confusão por parte dos profissionais de saúde, que entenderam que seria necessário um modelo específico de receita.
O texto da resolução diz que a venda de antimicrobianos "somente poderá ser efetuada mediante receita de controle especial, sendo a primeira via retida no estabelecimento farmacêutico e a segunda devolvida ao paciente."

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

INTOXICAÇÃO EXOGENA POR ORGANOFOSFORADOS




A intoxicação por pesticidas organosfosforados é considerada grave, uma vez que, esses compostos inibem uma enzima chamada acetilcolinesterase, enzima responsavel por degradar a acetilcolina, um neurotransmissor que age no Sistema Nervoso, nos receptores nicotínicoe e muscarinicos.
 O mecanismo é o seguinte: como os organosfosforados inibem a acetilcolinesterase, a acetilcolina fica em excesso nos recepteores nervosos promovendo o quadro clínico do envenenamento.
Sintomas
-         Efeitos muscarínicos: salivação excessiva, lacrimejamento, liberação do esfíncter vesical, diarréia, vômitos, broncorréia e broncoconstrição.
-         Efeitos nicotínicos: fasciculações, cãimbras, fraqueza muscular, hipertensão, taquicardia, dilatação pupilar e palidez cutânea.
-         SNC: inquietação, labilidade emocional, cefaléia, tremores, sonolência, confusão, ataxia, psicose, convulsões e coma.
-         As mortes decorrem: depressão respiratória associada à hipersecreção traqueobrônquica.
O tratamento
• manter a permeabilidade das vias aéreas;
• oxigenoterapia, se necessário;
• hidratação venosa;
• lavagem corporal exaustiva, em casos de contaminação dérmica;
• esvaziamento gástrico;
• carvão ativado;
• uso de catártico.
OBS - a droga utilizada é a ATROPINA (antagonista competitivo da acetilcolina) onde se utiliza 1 a 2mg(empírica para cada paciente) repetida em 5 a 10 min. ou em bomba de infusão (BIC).
A atropinização deve ser suspensa quando o paciente estiver assintomático após algum tempo, com espaçamento de pelo menos 2 horas, e nunca antes disso, pois pode haver efeito rebote e reaparecimento do quadro de intoxicação.

Sinais de atropinização: midríase, taquicardia e ruborização cutânea.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

HANSENÍASE: UMA DOENÇA QUE SE  TRATAR TEM  CURA

         A Hanseniase antigamente chamada de  lepra, morfeia, mal de Hansen, mal de Lázaro, é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium leprae , uma bacteria que atinge a pele e o Sistema Nervoso periférico provocando danos severos. O nome hanseníase  é devido ao descobridor do microrganismo causador da doença o noruegues Gerhard Henrick Armauer Hansen  

Para fins de tratamento, pode ser classificada em:
 Paucibacilar – poucos bacilos -: até 5 lesões de pele
  • Indeterminada
  • Tuberculoide
 Multibacilar – muitos bacilos -: mais de 5 lesões de pele.
  • Dimorfa
  • Virchowiana
       A transmissão se dá por contato direto de uma pessoa infectada pra outra sadia, onde apenas os portadoes das formas multibacilares transmitem a doença, isso, pela alta carga bacilifera.
      O Sintomas são os seguinte:
Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo; área de pele seca e com falta de suor; área  queda de pêlos, mais especialmente nas sobrancelhas. perda ou ausência de sensibilidade.; parestesias ; edema ou inchaço de mãos e pés; diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos; úlceras de pernas e pés; nódulo (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.

O tratamento é feito com Poliquimioterapia( PQT) 0 conjunto de drogas antibacterianas:
Paucibacilares: rifampicina, dapsona - 6 doses em até 9 meses;
Multibacilares: rifampicina, dapsona e clofazimina – 12 doses em até 18 meses;

Lembrando que Toda pessoa que reside ou residiu nos últimos 5 anos com doente de hanseníase, sem presença de sinais e sintomas da doença no momento da avaliação, deve ser examinada e orientada a receber a vacina BCG para aumentar a sua proteção contra a hanseníase. Deve também receber orientação no sentido de que não se trata de vacina específica para a hanseníase. Estudos realizados no Brasil e em outros países verificaram que o efeito protetor da BCG na hanseníase variava de 20 a 80%, concedendo maior proteção para as formas multibacilares.

Hipertensão Intracraniana


O interior do nosso crânio é composto de tecido cerebral (80%), liquor (10%) e sangue (10%), e apresenta uma pressão no seu interior que varia de 5 a 15 mmHg. Durante uma lesão cerebral como é o caso do Traumatismo cranioencefálico (TCE) e nos acidentes vasculares encefálicos  (AVE), essa pressão pode chegar a níveis tensionais elevados, o que passamos a denominar de Hipertensão intracraniana (PIC > 20mmHg), isso por causa do edema cerebral e pelo acúmulo de CO2 que causa vasodilatação dos vasos cerebrais.
A hipertensão intracraniana (HIC) é uma condição clínica que acomete muitos pacientes em unidades de tratamento intensivo (UTI), tendo como origem diferentes anormalidades, tanto do sistema nervoso central como sistêmicas. Ela é uma das causas mais comuns de lesão cerebral secundária. A herniação do tronco cerebral é uma complicação fatal, que acontece porque o volume cerebral aumenta e a região do córtex hernia pelo forame Magno causando parada cardiorespiratória.
Nos pacientes vitimas de TCE a prevenção começa na emergência com administração de diuréticos (furosemida), manitol (diurético osmótico) e corticosteroides( Dexametasona).

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

ECG E ENZIMAS CARDIACAS: DOIS COMPONENTES IMPORTANTES NO DIAGNOSTICO DO INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO


O Infarto agudo do miocárdio é uma cardiopatia isquêmica, que ocorre por obstrução das coronárias (artérias que alimentam o músculo cardíaco) resultando em necrose da parede miocárdica. Sua etiologia são varias:
- Aterosclerose coronariana;
- Êmbolos coronários;
- Doença arterial coronária trombótica;
- Vasculite coronária;
- Vasoespasmo coronário;
- Doença vascular coronária infiltrativa e degenerativa;
- Oclusão dos óstios coronários;
- Anomalias coronárias congênitas;
- Traumatismo;
- Aumento das necessidades miocárdicas de oxigênio sem aumento

O eletrocardiograma é um exame no qual é feito o registro da variação dos potenciais elétricos gerados pela atividade elétrica do coração. Quando o paciente está infartando o ECG pode revelar:


Supradesnivelamento do seguimento ST                              

           






OBS: Lembrando que 50% dos pacientes que chega na emergência  infartando não são diagnosticados no primeiro ECG, onde deve-se repetir uma série desse exame.
Muitas vezes apenas o  ECG não dá para identificar o IAM, então o médico deverá solicitar a dosagem da enzimas cardiacas.
Enzimas cardíacas: 
- Creatinofosfoquinase (CPK) fração MB:
É a chamada CPK-MB massa .Esta enzima eleva-se no sangue  entre 3 e 6 horas após o início dos sintomas de infarto do miocárdio, com um pico de elevação entre 16 e 24 horas, normalizando-se entre 48 e 72 horas.
Mioglobina : 
É uma enzima cardíaca cujos  valores de referência  variam com a idade,  sexo e raça. Esta enzima é liberada rapidamente pelo miocárdio lesado, começando a elevar-se entre 1 e 2 horas após o início dos sintomas de infarto do miocárdio, com um pico de elevação entre 6 e 9 horas e normalização entre 12 e 24 horas.
Embora pouco específica pelo seu elevado valor preditivo negativo (o qual varia de 83% a 98% ), é excelente para afastar o diagnóstico de infarto do miocárdio .A sua elevação não confirma o diagnóstico de infarto do miocárdio, mas quando o seu valor é normal,  praticamente afasta o diagnóstico da doença. 
- Troponinas :
São enzimas que estão presentes no sangue sob três formas de apresentação ( troponina C ou TnC, a troponina I ou TnI e a troponina T ou TnT). Estas enzimas se elevam-se entre 4 e 8 horas após o início dos sintomas, com pico de elevação entre 36 e 72 horas e normalização entre 5 e 14 dias. Apresentam a mesma sensibilidade diagnóstica da CK-MB entre 12 e 48 horas após o início dos sintomas do infarto do miocárdio, mas na presença de portadores de doenças que diminuem a especificidade da enzima CPK-MB , elas são indispensáveis.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

TESTE RÁPIDO DE VDRL

A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Ela pode ser transmitida por meio de relações sexuais sem preservativos, pela transfusão de sangue contaminado e da mãe para o bebê, durante a gestação e o parto – conhecida como sífilis congênita. Estima-se que, a cada ano, 48 mil gestantes sejam infectadas pela doença no País. Desse total, aproximadamente 12 mil crianças adquirem sífilis congênita.
Para combater a sífilis, o Brasil adotará uma solução inédita no mundo: um novo teste rápido com a tecnologia Dual Path Platform (DPP®), que detecta a doença em cerca de 15 minutos e conjuga dois tipos de exames numa única plataforma tecnológica. A solução é fruto do desenvolvimento conjunto entre a empresa norte-americana Chembio Diagnostic e o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Bio-Manguinhos).
Curiosidades sobre a Insulina Glargina



         A insulina glargina é uma insulina humana análoga produzida por tecnologia de DNA-recombinante, utilizando Escherichia coli (cepa K12) como organismo produtor. LANTUS® (insulina glargina) é uma insulina humana análoga desenhada para ter baixa solubilidade em pH neutro. Em pH 4 [como na solução injetável de LANTUS® (insulina glargina)], é completamente solúvel. Após ser injetada no tecido subcutâneo, a solução ácida é neutralizada, levando a formação de micro-precipitados do qual pequenas quantidades de insulina glargina são liberadas continuamente, levando a um perfil de concentração / tempo previsível, sem pico e suave, com duração de ação prolongada, que suporta a administração uma vez ao dia.
           O início de ação é de  2 horas; pico de ação: não faz pico (nível de ação constante, por isso causam menos hipoglicemia); duração de ação: 18 a 24 horas.

USO DO SORO ANTITETANICO(SAT)  E SORO ANTIRABICO(SAR) NO AMBIENTE HOSPITALAR

Os soros podem ser de origem homóloga ou heteróloga. Os de origem homóloga são obtidos a partir de doador da mesma espécie do receptor. Os de origem heteróloga são obtidos a partir de doador de espécie diferente do receptor. No caso do Soro Antitetânico (SAT) e Soro anti-rábico (SAR) são heterólogos, uma vez que são obtidos de proteínas de eqüinos.A conservação desses imunobiológicos devem está ente+2°C e +8ºC.
O SAT é indicado para a prevenção e o tratamento do tétano. A sua indicação depende do tipo e das condições do ferimento, bem como das informações relativas ao uso do próprio SAT e do número de doses da vacina contra o tétano recebido anteriormente. Ele é apresentado sob a forma líquida, em ampolas de 5,0 ml (5.000 UI). No caso da profilaxia, o enfermeiro aplica apenas uma ampola de 5,0 ml de SAT na via intramuscular independentemente da faixa-etária.

            O SAR está indicado para a profilaxia da raiva humana após exposição ao vírus rábico. Sua indicação depende da natureza da exposição e das condições do animal agressor, no caso de agressões por animais silvestres e animais vadios e com suspeita da doença. Além do SAT são feitas doses de vacina anti-rábica, onde dependendo do caso são feitas 2 ou 5 doses. O SAR é apresentado, sob a forma líquida, em ampola de 5.0 ml (1.000 UI). A administração dele é feito a partir do peso do paciente onde deve ser feito 40 U.I /Peso corporal ou multiplicando 0,2 ml por peso.

            Como podem trazer complicações graves, tais como o choque anafilático e a doença do soro, a soroterapia deve ser feita em ambiente hospitalar, onde o profissional de enfermagem deve instalar solução fisiológica a 0,9%, garantindo adequado acesso venoso e a manutenção do gotejamento mesmo após a administração do soro e 10 a 15 minutos antes de iniciar a soroterapia aplicar prometazina IM ,Hidrocortizona EV e em risco de reações sistêmicas fazer cimetidina IM ou EV.


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O MAIOR EVENTO DE ENFERMAGEM DA AMERICA LATINA 2011

O 14º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF), que seria na cidade do Rio de Janeiro, vai ser realizado na cidade de Curitiba (PR), entre os dias 08 a 12 de agosto.
O plenário do Cofen resolveu mudar a sede do congresso do Rio de Janeiro para Curitiba devido problemas  estruturais de acesso ao RioCentro (local do evento) e dos custos orçados que ficaram acima do estabelecido para os gastos com o evento.
A Comissão Científica, coordenado pela Doutora Rita de Cássia Chamma, escolheu como tema central 'A dimensão social da enfermagem: para além dos setores públicos e privado'. Os eixos que deverão nortear os debates são: A enfermagem e o terceiro setor, ética e legislação em enfermagem e empreendedorismo.
As inscrições deverão ser abertas pela internet na segunda quizena de março.

FONTE: Conselho Federal de Enfermagem
Será que vale a pena sacrificar a saúde pela vaidade?  





Os nossos jovens cada vez mais em busca de um corpo perfeito e sarado estão usando substâncias perigosas e que não são indicados para o crescimento de músculos. Uma variedade de produtos vem sendo usada com o intuito de promover a hipertrofia muscular, dentre eles os mais usados são: o óleo mineral, fármacos de uso veterinários e hormônios sintéticos.
 Os anabolizantes são substâncias que provocam o anabolismo, ou seja, o ganho de massa muscular através da retenção de íons e água, e através do uso contínuo ao longo do tempo apresenta os efeitos colaterais do tipo virilização, com o desenvolvimento dos caracteres sexuais masculinos em seus usuários, onde o individuo terá o crescimento de barba, acne, calvície, hipertrofia do clitóris (em mulheres), engrossamento da voz e certa agressividade. Existem os efeitos sistêmicos como aumento da pressão arterial, alterações deletérias no colesterol, e aumento do risco de doenças cardiovasculares (arritmias, insuficiência cardíaca congestiva, e até morte súbita por parada cardíaca).
Outro efeito comum é a ginecomastia (desenvolvimento das mamas no homem). Muitas vezes é de tratamento cirúrgico. Se utilizados em adolescentes, podem provocar também a parada do crescimento, visto que promovem o fechamento da placa epifisária. Apesar dos anabolizantes a base de testosterona causar virilização, seu uso em longo prazo pode causar impotência e infertilidade. Alem de todos esses efeitos colaterais ainda vêm os danos causados pelas aplicações dos anabolizantes parenterais, uma vez que pessoas leigas sem conhecimento administram-os, causando abscessos por contaminação ou lesões de vasos, músculos e nervos.
A venda dessas substâncias somente pode ocorrer quando devidamente prescrita pelo profissional medico, onde de acordo com  lei nº. 9.965 do Ministério da Saúde (Brasil), a venda é unicamente realizada mediante retenção de receita pelas farmácias. Daí vem a sua comercialização clandestina, ficando caro tanto para o bolso quanto para a saúde de quem consome.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Novo imunobiológico é incluido no calendário do Programa Nacional de Imunizações ( PNI)



A doença meningocócica é um dos grandes problemas de saúde pública, estima-se a ocorrência de pelo menos 500 mil casos por ano no mundo, com cerca de 50 mil óbitos. É uma doença de evolução rápida e com alta letalidade, que varia de 7 a 70%. Mesmo em países com assistência médica adequada, a meningococcemia pode ter uma letalidade de até 40%.
Considerando ser a vacina a principal forma de prevenção contra a doença, o Ministério da Saúde incluiu no segundo semestre de 2010 a vacina meningocócica C (conjugada) no Programa Nacional de Imunizações com o objetivo de proteger a população de um dos tipos mais letais de meningite. A vacina fará parte da rotina contida no calendário de vacinação da criança na faixa etária de menores de um ano de idade. No ano de introdução a vacina será disponibilizada para as crianças menores de 2 anos de idade (1 ano 11 meses e 29 dias). A opção em implantar esta vacina é baseada na alta prevalência da doença pelo sorogrupo C no Brasil.
A Doença Meningocócica (DM) é uma infecção bacteriana aguda, causada pela Neisseria meningitidis, diplococo Gram negativo, cuja disseminação resulta em doença invasiva, geralmente septicemia e/ou meningite. Ela é responsável por aproximadamente 3.500 casos por ano  podendo ocorrer em pessoas de qualquer faixa etária, porém é mais comum em crianças menores de cinco anos de idade, sobretudo nos menores de 1 ano de idade, e está associada à ocorrência de surtos. Existem 13 sorogrupos identificados de N. meningitidis, porém os que mais freqüentemente causam doença são o A, o B, o C, o Y e o W135.
A vacina meningocócica sorogrupo C, conjugada – CRM197 deve ser reconstituída antes da administração. vacina deve ser administrada exclusivamente pela via intramuscular profunda, de preferência na área ântero-lateral da coxa da criança.Não deve ser administrada pela via intravenosa, intradérmica ou subcutânea.
O esquema de vacinação consiste em duas doses de 0,5 ml, com intervalo de 2 mês entre as doses, a partir dos 3 meses de idade. O reforço é recomendado no segundo ano de vida, respeitando-se o intervalo mínimo de 2 meses após o término do esquema primário . Preferencialmente entre 12 a 15 meses de idade. No ano de implantação a vacina será ofertada as crianças entre 1 a < de 2 anos dose única.
A vacina é fabricada pela industria suíça Novartis e envasada pela Fundação Ezequiel Dias(FUNED) laboratório Mineiro.


DENGUE: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA 

      A dengue é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypt  causada pelo vírus da dengue, um arbovírus da família Flaviviridae, gênero Flavivírus, que inclui quatro tipos imunológicos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.      
         Hoje é uma das doenças com maior incidência no Brasil, atingindo a população de todos os estados, independentemente da classe social. Nesse cenário, torna-se imperioso que um conjunto de ações para a prevenção da doença seja intensificado, permitindo assim a identificação precoce dos casos.
         Apresenta um amplo espectro clínico, incluindo desde formas inaparentes até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Dentre estes, destaca-se a ocorrência de febre hemorrágica da dengue, hepatite, insuficiência hepática, manifestações do sistema nervoso, miocardite, hemorragias graves e choque.
        A primeira manifestação é a febre, geralmente alta (39ºC a 40ºC) de início abrupto, associada à cefaléia, adinamia, mialgias, artralgias, dor retroorbitária, com presença ou não de exantema e/ou prurido. Anorexia, náuseas, vômitos e diarréia podem ser observados por dois a seis dias. Alguns pacientes podem evoluir para formas graves da doença e passam a apresentar sinais de alarme da dengue, principalmente quando a febre cede, os quais precedem as manifestações hemorrágicas graves.
         Ainda não há vacinas comercialmente disponíveis para a dengue, mas a comunidade científica internacional e brasileira está trabalhando firme nestepropósito.A dengue, com quatro vírus identificados até o momento, é um desafio para os pesquisadores, pois a sua vacina é mais complexa que as demais. É necessário fazer uma combinação de todos os vírus para que se obtenha um imunizante realmente eficaz contra a doença.
        Enquanto isso a melhor solução é a prevenção e em casos de sisntomas procurar uma
 unidade de saúde o mais rápido possivel.


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011


Novas Diretrizes RCP 2010 AHA

      A American Heart Association (AHA) publicou as novas diretrizes no dia 18 de outubro de 2010 recomendando que os três passos da ressuscitação cardiopulmonar (RCP) sejam re-ordenados. O novo primeiro passo da RCP é aplicar compressões torácicas em vez de abrir primeiro as vias aéreas e aplicar as insuflações. As novas diretrizes se aplicam a adultos, crianças e bebês, mas excluem os neonatos. O formato anterior usava o A-B-C para designar Vias aéreas, Insuflações e Compressões. A nova forma usa C-A-B, para designar compressões, vias aéreas e insuflações.
Ao iniciar pelas compressões, além de ser mais fácil de lembrar, será benéfico para a maioria das vítimas que poderão ser salvas, afirma o Dr. Michael R. Sayre, responsável pelo Comitê de Emergências Cardiovasculares da American Heart Association, e co-autor da síntese das diretrizes de 2010 para RCP e atendimentos às emergências cardiovasculares da AHA.


Estes são os passos que orientam os procedimentos da nova RCP 2010:

1. Chame o Serviço de Emergências Médicas da sua localidade ou peça para alguém chamar.

Como aplicar a nova RCP.
2. Tente fazer a pessoa responder; se ela não responder, coloque a pessoa deitada de costas.
3. Inicie as compressões no peito. Coloque a base da sua mão no centro do peito da vítima. Coloque a sua outra mão. Entrelace os dedos.
4. Comprima com força para afundar pelo menos 5 cm o peito de adultos e crianças e 4 cm o peito do bebê. "Comprima cem vezes por minuto ou até mesmo um pouco mais rápido.
5. Se a pessoa estiver participando de treinamento em RCP, ela deverá então aprender a abrir as vias aéreas reclinando a cabeça e erguendo o queixo da vítima.
6. Pince o nariz da vítima. Respire normalmente e então sele sua boca sobre a boca da vítima e aplique duas insuflações com duração de um segundo cada, observando se o peito da vítima sobe.
7. Continue aplicando as compressões e insuflações na proporção de 30 compressões para duas insuflações, até o Resgate chegar.

FONTE:   Michael R. Sayre, MD, chair, emergency cardiovascular care committee, American Heart Association; associate professor of emergency medicine, Ohio State University, Columbus; co-author, executive summary,
2010 American Heart Association guidelines for CPR and emergency cardiovascular care. 2010 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care.