quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011


TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO

Hora e Sousa (2005) define TCE como qualquer agressão direta sobre a cabeça de um individuo que provoca lesão anatômica ou comprometimento funcional, seja do couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo, podendo e ser classificado em leve, moderado e grave.
As lesões primárias do tecido cerebral ocorrem no momento do trauma, sendo representada pelas contusões, lacerações e lesões axonais difusas, enquanto as lesões secundárias são determinadas por complicações provenientes de um trauma, evidenciando-se algum tempo depois, exemplo disso é: o edema cerebral, hipertensão intracraniana e lesão cerebral hipóxica (CARDOSO; FRANCO; GUSMÃO, 2002).
Conforme Andrade et al (2009, p. 76-78), As lesões encefálicas no TCE ainda são subdivididas em:
 A) Lesões difusas: são aquelas que acometem o cérebro como um todo e, usualmente, decorrem de forças cinéticas que levam a rotação do encéfalo dentro da caixa craniana. Podem ser encontradas disfunções por estiramento ou ruptura tanto de axônios como de estruturas vasculares em regiões distintas do encéfalo.  B) Lesões focais: são compostas por hematomas - intra ou extra cerebrais - ou áreas isquêmicas delimitadas que acometem apenas uma região do cérebro. Nas lesões puramente focais, presume-se que o restante do encéfalo mantenha suas propriedades de complacência tecidual e vascular preservadas.
Os hematomas intracranianos podem ser: epidurais, subdurais e intracerebrais. O primeiro se caracteriza por lesão de baixa velocidade, sendo responsáveis por 2% das lesões traumáticas e que requerem hospitalização. A fratura do osso temporal lesa a artéria meningea média causando sangramento que se acumula entre a dura-máter e o crânio.  Quanto aos hematomas subdurais são responsáveis por 30% das lesões cerebrais graves, resultante se sangramento venoso das veias em ponte que ocupam o espaço subdural e por último as hemorragia intracerebrais que ocorrem por contusão do próprio cérebro. (PHTLS, 2007).
De acordo com Parolin (2007), as fraturas de base de crânio geralmente estão associadas a grandes traumas, indicando que o TCE foi intenso, estas lesões podem levar a fistulas liquoricas, caracterizadas por sinais clínicos como otolicorréia ou rinoliquorréia podendo ocasionar a meningite, abscessos e outros processos infecciosos, a equimose da região mastóide, conhecida como o sinal de Batller e a equimose periorbitária também são sinais sugestivos desse tipo de fratura.
Conforme o PHTL(2007), o aumento da pressão intracraniana (PIC), ocorre no paciente vitima de TCE , porque o edema cerebral acontece em um espaço fechado. A mensuração da PIC é uma forma de qualificar o edema cerebral, onde o paciente deve ser monitorizado para avaliar o risco de ocorrência de herniação do troco cerebral e a eficácia do tratamento para corrigir o edema.

Fonte: Trecho do Projeto de pesquisa de conclusão da pós graduação de Urgência e Emergência, PEREIRA, Clebson Verissimo Costa, 2011.

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